Shenia Karlsson

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Portugal – Vieses inconscientes do racismo

A reportagem discute o racismo e a xenofobia em Portugal, destacando experiências pessoais de mulheres negras. Uma mulher branca portuguesa é citada minimizando as experiências de racismo de uma amiga negra, sugerindo que o sofrimento não tem cor e que essas experiências podem ter fortalecido sua amiga.

A reportagem também menciona o conceito de “vieses inconscientes”, que são crenças implícitas que influenciam a expressão explícita do preconceito. Este conceito é usado para explicar como o preconceito pode se manifestar em relações íntimas e profissionais.

A autora questiona se a representatividade e a positivação de pessoas negras são suficientes para garantir relações de alteridade e se essas ações podem eliminar as hierarquias e desumanizações presentes nas relações íntimas e nos ambientes corporativos. Ela sugere que a mudança de mentalidade requer mais do que apenas a positivação de imagens, mas também uma reflexão sobre as estruturas sociais que perpetuam o racismo e a xenofobia.

“Freud dizia que “o ego não é senhor em sua própria casa”. A forma que fomos socializados transborda a linha do individual. Os exemplos trazidos aqui neste texto revelam que o inconsciente fala bem mais alto. A dimensão mais importante do racismo é a psicológica, essa dá sustento a todas as outras dimensões e não podemos simplificar. Os vieses inconscientes devem ser reconhecidos como uma realidade nociva, producente de toxicidade e sofrimento, um dos subprodutos do racismo estrutural.

A mudança individual de mentalidade é o início do caminho, uma estrada longa de esforços, vigilância, mudança de atitude e de humanização. O antirracismo não é uma plena garantia e não deve ser romantizado, é uma luta cotidiana travada em diferentes frentes. O mais importante dessa reflexão seria a capacidade de identificar tais atitudes como nocivas e combatê-las.”

Reportagem completa: gerador.eu

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