Bio

sheniakarlsson
Minha trajetória profissional deu-se primordialmente a partir de minha vivência enquanto corpo-mulher-negra. Confesso que é um lugar muito complexo, cheio de significados e significantes. É deste lugar social que estilhaço a máscara do silenciamento, explicitada por Grada Kilomba e denuncio minha existência. Minha existência é a existência de muitas seguindo a filosofia e os valores Ubuntu. Existimos coletivamente. 

Mas, como dizia nossa querida Lélia González : “ o lixo vai falar, e tudo bem”. E quando Fanon afirma : (…) falar é existir absolutamente para o outro(…)” ele tem razão. Posso dizer que mulheres negras e racializadas são “lixos” preciosos, pois Angela Davis já apontava em sua obra que são elas a base da sociedade numa pirâmide perversa chamada capitalismo, inaugurado sobretudo, pela exploração de corpos pretos. Preciosidades “des”valorizadas.

Em meu exercício da Psicologia ao longo dos últimos dez anos, constatei a carência de uma intervenção psicoterapêutica que atendesse demandas específicas das mulheres negras. A partir desta constatação, percebi que podia ir além. Após anos de prática clínica em comunidades e em consultório privado no Rio de Janeiro, minha cidade de origem, me deparei com os abismos sociais, políticos e vivenciais das mulheres que habitam universos tão controversos. 

Exerço  uma Psicologia  voltada para a diversidade e livre do engessamento tradicional,  uma prática interseccional comprometida com as mudanças sociais. Racismo, sexismo, xenofobia, homofobia e outras formas de discriminação são violências sociais que causam sofrimento psíquico, sendo assim demandas terapêuticas à serem tratadas com respeito. Nesse espaço todos os corpos-sujeitos encontram um lugar seguro, de acolhimento, sem relativizações.

Hoje radicada em Portugal, mais precisamente em Lisboa, sou corpo-mulher-negra-imigrante na Europa. São as interseccionalidades que atravessam o meu corpo-experiência. Atuo nas “encruzilhadas” das experiências, expressão genialmente destacada por Carla Akotirene. Profundamente dedicada a assegurar uma experiência propositiva, entendo meu espaço clínico como um quilombo, um refúgio, um lugar de fortalecimento interno para os enfrentamentos diários. Se o corpo é político, a saúde mental também é.

Tenho me dedicado a pesquisa e a prática de uma clínica voltada a diversidade e com isso a honra em ajudar sujeitos (MULHERES, HOMENS, TRANS, COMUNIDADE LGBTI+ E AFINS) a construir novos caminhos em diversas cidades do mundo, brasileiros radicados nos cinco continentes, europeus e africanos de países de língua portuguesa. Caso esteja à procura de uma experiência psicoterapêutica diferente de tudo que já viu, seu lugar é aqui. Deixo  outra frase que gosto muito, da Maya Angelou : “Você só é livre quando percebe que não pertence a lugar nenhum – você pertence a todos os lugares”.
Sejam todos e todas bem-vindos.  

Formação, Títulos e Licenças

experiência profissional

DIRETORA DO DEPTO. DE SORORIDADE NO INMUNE
INSTITUTO DA MULHER NEGRA DE PORTUGAL
DOCENTE NA CASA PRETA – COLETIVO DJÊJÊ - EAD
TERAPEUTA SISTÊMICA DE FAMÍLIA
TERAPEUTA DE CASAL
TERAPIA DE CASAIS HOMOAFETIVOS
PSICÓLOGA SOCIAL E DE GRUPOS VIOLÊNCIA DE GÊNERO
PSICÓLOGA NA ONG DE SAÚDE PREVENTIVA DA MULHER
PSICÓLOGA NA CASA FRANCISCO DE ASSIS
PSICÓLOGA DE PESQUISA NA PREFEITURA
DO RJ NO PROGRAMA DE MORADIAS TERAPÊUTICAS
Abrir bate-papo
Olá
Podemos ajudá-lo?